domingo, 26 de fevereiro de 2012

MUSIC: LETRA E TRADUÇÃO - "ADELE"

ADELE - “SOMEONE LIKE YOU”

I heard that you're settled down
That you found a girl and you're married now
I heard that your dreams came true
Guess she gave you things, I didn't give to you

Old friend
Why are you so shy
It ain't like you to hold back
Or hide from the light

I hate to turn up out of the blue uninvited
But I couldn't stay away, I couldn't fight it
I hoped you'd see my face and that you'd be reminded
That for me, it isn't over

Never mind, I'll find someone like you
I wish nothing but the best for you, too
Don't forget me, I beg, I remember you said
Sometimes it lasts in love
But sometimes it hurts instead
Sometimes it lasts in love
But sometimes it hurts instead, yeah

You'd know how the time flies
Only yesterday was the time of our lives
We were born and raised in a summery haze
Bound by the surprise of our glory days

I hate to turn up out of the blue uninvited
But I couldn't stay away, I couldn't fight it
I hoped you'd see my face and that you'd be reminded
That for me, it isn't over yet

Never mind, I'll find someone like you
I wish nothing but the best for you, too
Don't forget me, I beg, I remember you said
Sometimes it lasts in love
But sometimes it hurts instead, yeah

Nothing compares, no worries or cares
Regrets and mistakes they're memories made
Who would have known how bitter-sweet this would taste

Never mind, I'll find someone like you
I wish nothing but the best for you, too
Don't forget me, I beg, I remembered you said
Sometimes it lasts in love
But sometimes it hurts instead

Never mind, I'll find someone like you
I wish nothing but the best for you, too
Don't forget me, I beg, I remembered you said
Sometimes it lasts in love
But sometimes it hurts instead
Sometimes it lasts in love
But sometimes it hurts instead, yeah, yeah


ADELE – “ALGUÉM COMO VOCÊ" - TRADUÇÃO

Eu ouvi dizer que você está estabilizado
Que você encontrou uma garota e está casado agora
Eu ouvi dizer que os seus sonhos se realizaram
Acho que ela lhe deu coisas que eu não dei

Velho amigo, por que você está tão tímido?
Não é do seu feitio se refrear ou se esconder da luz
Eu odeio aparecer do nada sem ser convidada
Mas eu não pude ficar longe, não consegui evitar

Eu tinha esperança de que você veria meu rosto
E que você se lembraria
De que pra mim não acabou

Deixe para lá, eu vou achar alguém como você
Não desejo nada além do melhor para vocês dois
Não se esqueça de mim, eu imploro
Vou lembrar de você e dizer:
Às vezes o amor dura,
mas, às vezes, fere...

Você saberia como o tempo voa
Ontem foi o momento de nossas vidas
Nós nascemos e fomos criados numa neblina de verão
Unidos pela surpresa dos nossos dias de glória

Eu odeio aparecer do nada sem ser convidada
Mas eu não pude ficar longe, não consegui evitar
Eu esperava que você veria meu rosto
E que você se lembraria
De que pra mim não acabou

Deixe para lá, eu vou achar alguém como você
Não desejo nada além do melhor para vocês dois
Não se esqueça de mim, eu imploro
Vou lembrar de você e dizer:
Às vezes o amor dura,
mas, às vezes, fere...

Nada se compara, nenhuma preocupação ou cuidado
Arrependimentos e erros, são feitos de memórias
Quem poderia ter adivinhado o gosto amargo
Que isso teria?

Deixe para lá, eu vou achar alguém como você
Não desejo nada além do melhor para você
Não se esqueça de mim, eu imploro
Vou lembrar de você e dizer:
Às vezes o amor dura,
mas, às vezes, fere...

Deixe para lá, eu vou achar alguém como você
Não desejo nada além do melhor para vocês dois
Não se esqueça de mim, eu imploro
Vou lembrar de você e dizer:
Às vezes o amor dura,
mas, às vezes, fere...



                                                          
                                                                       TEACHER: JAMIL JR / 2012.



sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

LITERATURA - ESCOLAS LITERÁRIAS

ESCOLAS LITERÁRIAS

QUINHENTISMO


Foi o primeiro movimento literário no Brasil. Em relação aos demais, sua importância é um tanto quanto menos expressiva na literatura, por não apresentar nenhum escritor brasileiro; ou, ainda, nenhum "escritor". Apesar disso, muitos dos maiores vestibulares do país pedem que seus vestibulandos tenham conhecimento desta matéria. Além disso, serve também como conhecimento geral para aqueles que gostam do assunto. O movimento iniciou-se com o "início" do Brasil (sim, eu sei. O Brasil existia antes do descobrimento, mas para a literatura, assim como para muitas outras coisas, sua história começa quando os portugueses chegam ao país). Seu fim foi marcado pela publicação de Prosopopeia, de Bento Teixeira, que já tinha algumas tendências barrocas.
O Descobrimento das Américas marca, antes de mais nada, a transição entre a Idade Média e a Idade Moderna. A Europa vive o auge do Renascimento, o capitalismo mercantil toma o lugar dos feudos, e o êxodo rural provoca o início da urbanização. Houve também, neste período, uma crise na Igreja: o novo grupo dos protestantes contra o grupo dos fiéis católicos (estes últimos no movimento da Contra-Reforma). Durante a maioria deste período, o Brasil era colonizado por Portugal. Os documentos eram escritos por jesuítas e colonizadores portugueses; o primeiro autor brasileiro apareceria, mais tarde, somente no movimento barroco, Gregório de Matos. 

BARROCO

- O Barroco representa todas as formas de arte cultivadas neste período, como a música, a pintura, a arquitetura, e a literatura. Apesar deste movimento contar com o primeiro autor brasileiro em nossa literatura, sua influência é quase totalmente portuguesa e espanhola, deixando pouco espaço para o Brasil. O movimento iniciou-se em 1601, com a publicação de Prosopopéia, de Bento Teixeira. O final deste movimento dá-se em 1724, com a obra Obras, de Cláudio Manuel da Costa, e com a fundação da Arcádia Ultramarina, que será comentada no Arcadismo.
O início do século XVI foi para Portugal o momento mais áureo de sua história até hoje; assim como os últimos foram os mais negros. Por uma lado o descobrimento do Brasil iria tornar Portugal o país mais rico do mundo. Mas em contraste, logo foi observado a crise do comércio português.
Suas colônias não produziram como era esperado. Além disso, em 1578, desaparece o rei Dom Sebastião em campanha pela África. Dois anos depois Filipe II, rei da Espanha, anexa Portugal a seu país, ato que durou quarenta anos. No Brasil, o período Barroco ficou marcado em especial pelas invasões holandesas e pelo declínio da venda da cana-de-açúcar, este segundo em consequência do primeiro. 

ARCADISMO

- Este período, também conhecido como Neoclassicismo (o Classissismo foi um movimento europeu que ocorreu antes de o Brasil ter sido descoberto. Seu principal autor foi Luís Vaz de Camões), iniciou-se em 1768, com a publicação de Obras, de Cláudio Manuel da Costa. Foi também o ano da fundação da Arcadia Ultramarina. Durou até 1836, quando foi publicado Suspiros Poéticos e Saudades, de Gonçalves de Magalhães. Este período foi, essencialmente, uma reação à religiosidade barroca. Sua influência é toda francesa, com seus movimentos iluministas que iriam estourar a Revolução Francesa.
Socialmente, este movimento marcou a acensão da burguesia em fatores políticos e sociais, tanto no Brasil como na Europa. Em 1748, Montesquieu escreve e publica O espírito das Leis, obra na qual apresenta o governo em poder legislativo, executivo, e judiciário; como é feito hoje em vários países, como o Brasil. Voltaire e Rousseau colaboraram também neste sentido, defendendo a burguesia e a república. Todos esses autores foram responsáveis pelo início do Iluminismo, um dos ideais árcades. Foi também neste período que iniciou-se a independência dos países americanos, começando pelos Estados Unidos, em 1776. No Brasil, o centro comercial deixa o Nordeste e se instala principalmente em Minas Gerais. Ocorre também a Inconfidência Mineira, principal fato histórico brasileiro da época. Alguns dos autores deste período fizeram até parte deste movimento revolucionário. 

ROMANTISMO

- O Romantismo foi um movimento com origem inglesa e alemã, sendo contra o Arcadismo. Este estilo inicia-se em 1836, com a publicação de Suspiros poéticos e saudades, de Gonçalves de Magalhães. Foi portanto um movimento que ocorreu logo após a Independência do Brasil, e, por alguns autores, por causa desta independência. Logo após a independência, os brasileiros precisavam buscar sua importância na situação econômica, política, social e cultural (daí a literatura). O ano tradicional do desfecho romântico é o de 1881, com duas publicações: O mulato e Memórias póstumas de Brás Cubas, ambas com tendências naturalistas/realistas.

Neste período ocorreu pelo mundo duas importantes revoluções: a Revolução Francesa, e a Revolução Americana. Essas foram revoltas do povo, da burguesia; assim como o Romantismo, que, com o Realismo - A principal influência para este movimento no Brasil veio da Alemanha, representada pelo evolucionismo e pelo positivismo. O movimento começou em 1881, ano em que foi publicado O mulato, de Aluísio Azevedo, e Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis. O fim deste período literário apresenta certa controvérsia; tradicionalmente finalizamos este movimento com o início do simbolismo, 1893. Apesar disso, pode-se dizer que este não foi realmente o fim do realismo.
Basta lembrar a data de publicação de Dom Casmurro, ainda com perfeitas características realistas: 1900. Ou a fundação da Academia Brasileira de Letras, casa do realismo: 1897. Portanto pode-se dizer que o realismo durou, como o Simbolismo, o Parnasianismo e o Pré-Modernismo, até 1922, ano em que ocorreu a semana da arte moderna. Nesse período a Revolução Industrial, na Europa, entra na fase da utilização do aço, do petróleo e da eletricidade, enquanto o avanço científico realiza novas descobertas e invenções no campo da Física e da Química.
      Surge então grandes complexos industriais, nos quais              vários empregados trabalham diariamente em condições          sub-humanas, correndo sempre risco de vida a graves          acidentes. No Brasil, este período é marcado pelas           campanhas abolicionistas, a Lei Áurea, a substituição  da mão de obra escrava pela mão de obra assalariada,    a Guerra do Paraguai, e a monarquia decadente de   D.      PedroII forme um historiador, foi "da burguesia, pela       burguesia, e para a burguesia". No Brasil, este               movimento surgiu alguns anos após a Independência do         Brasil, no governo autoritário de D. Pedro I, no            Período Regencial, e no governo de D. Pedro II.

PARNASIANISMO

- O movimento parnasiano surgiu na França em 1866, com a edição da antologia “La Parnase Contemporain". Abrigando poetas de tendências diversas, como Théopgille Gauthier, Laconte de Lísia, Charles Baudelaire, Geradia, Banvilla, havia, em comum a oposição ao sentimentalismo romântico.
A denominação Parnasianismo remete-nos à antiguidade grecoromana(Monte Parnaso= região da Fócida , na Grécia, que a Mitologia contemplava como a morada dos deuses e poetas, ali isolados do mundo para dedicarem-se exclusivamente à arte).
Isso sugere a aproximação às fibtes e ais udeaus ck;assucis da arte.( o Belo , o Bem, a Verdade , a Perfeição , o equilíbrio a disciplina e o rigor formal, a obediência às regras e modelos , a arte como imitação da natureza - a Mimese arestotélica, a razão, o antropocentrismo) São frequentes as alegorias fundadas na Mitologia e na História da Grécia e de Roma. "O Sonho de Marco Antônio" , "A Seste de Beri", "O treiunfo de Afrondite" "O Incêndio de Roma" "A tentação de Xenôcrates" "O Julgamento de Frinéia" . "Delencia Cartago" todos de Olavo Bilac, "O vaso Grego” e "A volta da Galera" de Alberti de Oliveira.
Antecedentes Brasileiros - Em 1878 desfere-se pelas páginas do 'Diário do Rio de Janeiro a "Batalha do Parnaso” polêmica em versos agressivos (e de má qualidade)
, entre os defensores de "Idéia Nova" e os epígonos do Romantismo.
Influenciados pela Questão Coimbrã, e pelas obras dos poetas realistas portugueses: Teófilo Braga - "Visão dos Tempos" e "Antero de Quental" - "Odes Modernas", os arautos da "Idéia Nova" combariam os "Abreus e Varelas" Opondo-se ao sentimentalismo piegas e à frouxidão dos versos dos últimos românticos, e propunham algumas atitudes:
1) a poesia participante, que pregasse a justiça, a república fraternal, o progresso científico e material atacando, algumas vezes de forma desabrida , as instituições, é o caso de Lúcio de Mendonça, Martins Júnior e Silvio Romero.
2 ) a poesia "realista" . com abandono dos eufernismos relativos ao amor, por uma descrição mais direta do corpo e dos desejos e , ainda, a poesia realista urbana e agreste: seguem nessa direção: Carvalho Júnior, Bernardino Lopes e Teófilo Dias.
Cabe observar que os sonhos de justiça e a república fraternal já haviam encontrado em Castro Alves, no último romantismo, uma expressão muito mais talentosa, convincente e eloquente.
2.3 Costuma-se considerar como o primeiro livro parnasiano, no sentido próprio, as " Fanfarras", de Teófilo Dias. O Parnasianismo, tal como hoje o concebermos, só se definiria com Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac, que constituiram a Trindade Parnasiana, e realizaram suas obras sob os princípios d a "arte pela arte" da impassibilidade e da perfeição formal, ainda que tivessem , todos eles, estreado com versos românticos.
Características
A arte pela Arte.
O Esteticismo
Sintetizada na forma latina "ars gratia artis"(arte pela arte) , a poesia parnasiana propõe que a a beleza formal justifica a existência do poema , e que a arte não deve Ter outros compromissos senão para com o belo, para com a perfeição formal.
Negando a poesia realista filosófico-científica e socialista de seus precursores, os parnasianos impõem uma atitude de distanciamento do cotidiano de alienação dos problemas do mundo, de desprezo pela plebe e pelas aspirações populares e de recusa aos temas vulgares.
Assim os parnasianos se fecham em suas torres de marfim, entregues ao puro fazer poético:
"Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino escreve! No aconchego
Doo claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha, e teima , e lima , e sofre, e sua!"
("A um Poeta - Bilac)

SIMBOLISMO

O Simbolismo teve início no ano de 1893, e manteve suas influências sobre autores até a Semana da Arte Moderna. Este movimento, apesar de não ser uma manifestação realista, como o Parnasianismo, manteve-se paralela a este o tempo todo. Em 1893, foram publicados Missal e Broquéis, ambos de Cruz e Sousa. Este período foi marcado pela I Guerra Mundial (1914-1918)e pela Revolução Russa. Houve também a unificação da Alemanha (1870) e da Itália (1871) momentos antes do início do movimento.
A Europa inteira passa por um processo de industrialização, aumentando a disputa por mercado. Este é o início do neocolonialismo. Este pensamento materialista de produção, com pouca preocupação com o bem-estar dos trabalhadores urbanos, gera críticas dos simbolistas. O Brasil não apresentou nenhum grande acontecimento durante esta época, apesar de haver várias revoltas no sul do país, onde o movimento foi mais acentuado. Duas delas se destacam:
A Revolução Federalista (1893-1895)e a Revolta da Armada (1893-1894). A primeira foi uma revolta de oposição ao governo de Floriano Peixoto, que gerou muitas mortes no sul do país. A outra foi quando a marinha brasileira ancorou seus navios no litoral carioca, e apontou seus canhões para o palácio do governo, exigindo sua renúncia. Estes acontecimentos levam à desilusão, a descrença na vontade de viver, que são visões simbolistas. Isto fez com que as idéias filosóficas se desviassem do materialismo para o simbolismo. Pré Modernismo - O termo Pré-Modernismo foi criado por Alceu de Amoroso Lima (Tristão de Ataíde) para designar o período cultural brasileiro que vai do princípio deste século à Semana de Arte Moderna, ou como quer a cronologia literária, de 1902, ano da publicação de Canaã, de Graça Aranha e de Os Sertões, de Euclides da Cunha, até 1922, ano da realização da Semana de Arte Moderna.
Corresponde à "belle époque" brasileira, marcada pela concomitância de diversas correntes, às vezes opostas: o parnasianismo residual ( Raimundo Correia, Bilac, Alberto de Oliveira e Vicente de Carvalho ainda estavam vivos e escreviam) ; o neo -parnasianismo de Amadeu Amaral e Martins Fontes e a prosa tradicionalista de Rui Barbosa, Joaquim Nabuco e Coelho Neto ; o Simbolismo , que não logrou penetração nas elites cultas da época e nem nas camadas populares; o realismo-naturalismo, transfundido na prosa regionalista de Afonso Arinos, Simões Lopes Neto, Valdomiro Silveira e Hugo de Carvalho Ramos; e a literatura problematizadora da realidade brasileira que é mais característicamente Pré-Modernista - Euclides da Cunha , Lima Barreto, Coelho Neto e Graça Aranha.
Assim esquematizando, no período que vamos estudar, convivem tendências conservadoras e renovadoras.
O aspecto conservador está diretamente ligado à sobrevivência da mentalidade positivista, agnóstica e liberal que se expressava no estilo realista-naturalista não penetrou, senão superficialmente, no espírito das classes cultas. Otto Maria Carpeaux deixa claro que " Aqui e só aqui fracassou o Simbolismo; e por isso , o movimento poético precedente sobreviveu, quando já estava extinto em toda parte do mundo".
O aspecto renovador está na incorporação, do ponto de vista do conteúdo, de aspectos da realidade brasileira, refletindo situações históricas novas, ou só a partir de então consideradas:
·   ·   a miséria e o subdesenvolvimento nordestino, em Euclídes da Cunha;
·   ·   a vida urbana e as transformações do inicio do século ( as greves, o futebol, o arranha -céu, o jogo do bicho, os pingentes da Estrada de Ferro Central do Brasil, o subúrbio carioca), em Lima Barreto;
·   ·   a miséria do caboclo do Vale do Paraíba, a decadência da ci;tira cafeeira, o anacronismo das práticas agrícolas, em Monteiro Lobato, e
·   ·   a imigração alemã no Espírito Santo, em Graça Aranha.
Assim, pode-se dizer que o aspecto conservador (o PRÉ) localiza-se mais no código, na linguagem que, com algumas poucas ousadias, continuou fiel aos modelos realistas e naturalistas (Aluísio Azevedo, Eça de Queiroz, Machado de Assis, Flaubert, Emile Zola, Balsac); ressuscitando até o barroco do Padre Antônio Vieira, perceptível em Rui Barbosa, e Euclides da Cunha.
O aspecto renovador (o MODERNISMO) está centrado na preocupação com a realidade nacional; no regionalismo crítico e vigoroso e na crítica às instituições arcaicas da República Velha. Algumas dessas características serão retomadas, especialmente na 2ª Geração modernista.
Esta época, no que tange à literatura oficial, acadêmica, reflete o gosto da classe dominante, expressando-se de firna oedabte e artificial, pouco inovadora. Este aspecto de "estagnação" é batizado como a época dos "NEOS”: neoparsianismo, neo-simbolismo, e até neoclássicos e neo-românticos reabilitaram-se no gosto literário de então.

MODERNISMO

Este período é conhecido pelo caráter revolucinário, criticando cruelmente parnasianos, e simbolistas. A literatura procura se expressar de forma livre, espontânea, fugindo de todas as normas possíveis, ao contrário do parnasianismo. Sua origem é, como sempre, européia. A busca pelo moderno e inovador é a principal marca deste período.
O período inicia-se com a Semana da Arte Moderna, em fevereiro de 1922, e vai até 1945, fim da ditadura de Getúlio Vargas e da II Guerra Mundial. Este movimento é dividido em dois períodos: 1922-1930, e 1930-1945. 

O CONTEXTO HISTÓRICO

Vale observar que diversidade regional fez com que a manifestações políticas e sociais da época expressassem níveis de consciência muito distintos, não raro parecento exprimir tensões meramente locais. Alguns acontecimentos que configuram este quadro:
A. A.NO NORDESTE
·   ·   a Revolução de Canudos (BA - 1896 - 1897), retratada por Euclídes da Cunha;
·   ·   o fenômeno do cangaço, decorrente do declínio da economia dos engenhos;
·   ·   o fanatismo religioso desencadeado pelo “Padim Ciço", que tem por apicentro o Ceará, entre 1911 a 1915.
A. A. NO RIO DE JANEIRO
·   ·   A revolta contra a vacina obrigatória (Oswaldo Cruz), 1904, expressiva da insatisfação das massas urbanas;
·   ·   A revolta da Chibata (1910) liderada por João Cândido, “O Almirante Negro". Os marinheiros amotinados exigiam a extinção dos castigos corporais na Marinha.
A. A. EM SANTA CATARINA
PÓS MODERNISMO

O Pós-Modernismo é o movimento em que nos encontramos hoje. Na verdade, tudo que foi produzido após o Modernismo é considerado trabalho pós-modernista. Talvez no futuro este período seja redividido em vários períodos. Até que seja, o Pós-Modernismo apresenta duas fases. A primeira fase corresponde a uma fase mais "séria e equilibrada", como diz José de Nicola, do que as tendências modernistas, especialmente na poesia. A prosa vive um momento semelhante à prosa modernista.

NA SEGUNDA FASE surgem duas tendências na poesia: a poesia concreta e a poesia-máxis; veremos estas tendências mais tarde. Com o final da II Guerra Mundial e o bombardeamento norte-americano ao Japão, começa a era da Guerra Fria. Constrói-se o Muro de Berlin, a OTAN, a COMECON, etc... A queda do muro marcou o final da Guerra Fria.

·   ·   A Guerra do Contestado (1912 -1916) envolvendo posseiros da região contestada entre Santa Catarina e Paraná, às margens do rio do Peixe.
Cabe ainda acrescentar a Campanha Civilista, a queda da Amazônia durante o ciclo da borracha, seguida de fulminante queda.

                                                                                  PROF. JAMIL - 2012